AS Percepções dos Empresários do Setor de Reparação Automotiva Quanto a Aliança Estratégica Rede Bom Serviço".

Nome: MILTON HENRIQUE DO COUTO NETO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/03/2004

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
HÉLIO ZANQUETTO FILHO Examinador Externo
MÔNICA DE FÁTIMA BIANCO Examinador Interno
RICARDO ROBERTO BEHR Orientador

Resumo: As alianças estratégicas, que antes eram mais comuns entre grandes conglomerados, chegaram às micro e pequenas empresas. Hoje, vêem-se inúmeros casos de redes de farmácias, de supermercados, de materiais de construção e de lojas de móveis. No Estado do Espírito Santo, alguns empresários do setor de reparação automotiva, seguindo esta tendência, se uniram formando a Rede Bom Serviço que vem a ser o objeto de estudo deste trabalho. Não restam dúvidas de que o setor de reparação automotiva sofreu uma abrupta transformação nos últimos anos, desde a liberação das importações, quando se viu diante de uma tecnologia sofisticada, que veio de fora, embarcada nos diversos modelos que passaram a ser importados. O setor, tradicionalmente marginalizado, atrasado e tido como um setor ocupado por pessoas pouco (ou nada) qualificadas, teve de ser reformulado e, para isso, uma valiosa contribuição foi dada pela formação de alianças estratégicas. Entretanto, apesar das diversas vantagens de se unir em alianças, os problemas existem e acreditar que elas são uma opção livre de risco é querer se enganar. E, dentre os eventuais focos de problemas, estão as relações interpessoais. O setor de reparação automotiva tem algumas características que fazem dele uma área ainda mais fértil para a verificação de conflitos nas relações interpessoais na formação de alianças, como: o fato de ser um setor predominantemente formado por micro e pequenas empresas, onde naturalmente imperam o comportamento personalista, focado na figura do dono; o fato dos empresários apresentarem, em sua maioria, um baixo nível de escolaridade e; o fato de serem empresas de prestação de serviços onde, pela própria definição de serviços, não é possível uma padronização absoluta. Assim sendo, a pesquisa buscou verificar a percepção dos empresários membros da Rede Bom Serviço sobre os pontos críticos de se trabalhar numa aliança. Para tanto, fez-se uma revisão bibliográfica sobre micro e pequenas empresas, alianças estratégicas e redes de empresas e traçou-se um histórico do setor de reparação automotiva e da própria indústria automobilística nacional, uma vez que, como ficou demonstrado no trabalho, não há como separar a história do setor de reparação da própria indústria automobilística em si. Tratou-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa, descritiva, documental, bibliográfica e de campo, sendo caracterizada ainda como um estudo de multicasos, abrangendo dez dos vinte empresários da Rede, restringindo-se aos empresários localizados na Grande Vitória. Esses empresários foram entrevistados acerca de pontos considerados críticos, a saber: objetivos coletivos e objetivos individuais, concorrência versus parceria, relacionamentos interpessoais, confiança nos demais membros, compartilhamento de poder, contribuições a dar e a receber, utilização de uma marca única e padronização de preços e serviços. A partir do estudo, pôde-se verificar que, na opinião dos empresários que compõem a Rede Bom Serviço, as questões interpessoais são realmente o principal ponto crítico para o trabalho em aliança, sendo a questão da confiança o item tido por eles como o mais complexo.

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