Transitoriedade Inflamável: Sentidos Subjetivos da Participação no Trabalho

Nome: INGRID DIAS BARRETO ANDRÉ
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/05/2011

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTONIA DE LOURDES COLBARI Examinador Interno
FERNANDO LUIS GONZÁLEZ REY Suplente Externo
MÁRCIA PREZOTTI PALASSI Orientador
MÔNICA DE FÁTIMA BIANCO Suplente Interno

Resumo: O presente estudo aborda o tema participação no trabalho no âmbito da Administração Privada. O conceito de participação adotado envolve as decisões que se referem ao plano de alcance da missão e dos objetivos coletivos da organização, seja empresarial ou não (LEITE, 2000). A pesquisa tem como objetivo compreender os sentidos subjetivos da participação no trabalho dos gestores e frentistas do Posto de Combustível Vila Velha e para tal, se propõe descrever o trabalho de cada sujeito envolvido na pesquisa e identificar os mecanismos promotores e inibidores da participação no trabalho no ambiente do posto. Como referencial teórico, o trabalho teve como base a literatura sobre participação no trabalho e a Teoria da Subjetividade sob o enfoque histórico-cultural proposto por González Rey (2003). Os sujeitos pesquisados são: o proprietário do posto, o gerente encarregado do pessoal da pista, a consultora que treina e acompanha o trabalho dos frentistas e três frentistas. O levantamento dos dados ocorreu entre os meses de julho de 2010 a março de 2011, onde a pesquisadora se inseriu no universo dos sujeitos uma vez por semana aproximadamente. Os instrumentos utilizados foram a observação, as conversações e o completamento de frases. Como resultado, percebeu-se que o ambiente do Posto Vila Velha é uma rica fonte produtora de subjetividades, uma vez que além de passarem 12 horas em cada dia de trabalho, essa atividade agrega simultaneamente desejos pessoais, financeiros, profissionais, religiosos, motivações, aspirações e necessidades psicológicas que também integra a história passada de cada sujeito. Percebeu-se também que os principais problemas encontrados no Posto Vila Velha, a rotatividade e a desvalorização do empregado, por exemplo, tem como principal causa a gestão praticada pelo seu diretor. Logo, a opção por uma gestão participativa talvez pudesse resolver parte dos problemas encontrados hoje nesse ambiente, possibilitando uma maior aproximação entre os desejos e anseios do diretor do posto e dos demais empregados. A mudança nas práticas de gestão também poderia possibilitar mais valorização e respeito pelos empregados, mais apego, mais certeza e satisfação dos profissionais sobre a função e o local onde atuam profissionalmente e conseqüente menor rotatividade e sentimento de transitoriedade inflamável que parece definir o trabalho dos profissionais que atuam no Posto Vila Velha.

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