"Compartilhamento de Conhecimento nas Relações Inter-organizacionais: Análise de Casos das Parcerias de uma Multinacional de Energia com Universidade e Ongs no Espírito Santo"

Nome: MARIANA GALVÃO LYRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/06/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HÉLIO ZANQUETTO FILHO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
HÉLIO ZANQUETTO FILHO Orientador
MIRIAM DE MAGDALA PINTO Examinador Externo
RICARDO CORREA GOMES Examinador Externo

Resumo: RESUMO

O conhecimento como moeda de troca nas relações entre organizações é um tema que vem crescendo na literatura nacional e internacional. O presente estudo tem como objetivo analisar o compartilhamento de conhecimento nas relações interorganizacionais da Petrobras UN-ES com ONGs e com a universidade. Entrevistas foram realizadas com representantes da Universidade Federal do Espírito Santo, da Petrobras UN-ES e das ONGs atuantes no Programa Ciranda Capixaba, braço social da Petrobras no Estado, na tentativa de entender como o fluxo do conhecimento ocorre nessas relações. Porém, para se entender tal dinâmica, foi necessário anteriormente compreender o relacionamento por si. Não foram encontradas pesquisas realizadas cujos objetos fossem a relação da UN-ES com os atores supracitados. Assim, pretende-se contribuir para os estudos de compartilhamento de conhecimento em relações interorganizacionais e também iniciar a produção acadêmica na UFES sobre o assunto. Com base nos estudos de Tonet e Paz (2004) os relacionamentos foram analisados com relação à adequação de linguagem, já que este se mostrou ser um dos pontos fundamentais para que o compartilhamento de conhecimento seja facilitado. Já Cunha e Melo (2006) colaboram afirmando que a presença de uma terceira pessoa ou organização na parceria atua como intermediador da confiança necessária para esta interação entre atores ocorrer. Além disso, a confiança não atua sozinha, mas em conjunto com o aprimoramento dos sistemas de gestão, com o planejamento de longo prazo, com a confiança nas relações intra-organizacionais, com os mecanismos de controle e coordenação mais sofisticados, como também com solidificação de relações sociais (CUNHA e MELO, 2006). As parcerias foram analisadas segundo seus direcionadores: alinhamento de missão, estratégia e valores; redes e relacionamento pessoais; e criação de valor na tentativa de compreender melhor aspectos relacionados a parceria em si (AUSTIN, 2000). Nas relações o conhecimento substantivo (JANOWICZ-PANJAITAN e NOORDERHAVEN, 2008) foi analisado, na tentativa de descobrir se havia presença de conhecimento tecnológico, know-how gerencial e conhecimento de mercado. Caso a incidência desses conhecimentos fosse encontrada, seria considerado a presença de um rent no relacionamento, o que foi definido por Dyer e Singh (1998) como um benefício acima do normal gerado em conjunto num relacionamento de troca que não pode ser gerado por nenhuma das organizações de maneira isolada e que só pode ser criado por meio de contribuições idiossincráticas de parceiros de alianças específicas. Como um dos principais resultados estão a geração de rent relacional no relacionamento ONGs-Petrobras e o fato do relacionamento UFES-Petrobras aparentemente ainda não ter compartilhamento de conhecimento além do operacional, embora o objetivo da parceria tenha na inovação seu principal motivador.

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