FALAVIVÊNCIAS SOBRE COALIZÕES ESTRATÉGICAS: MULHERES NEGRAS E SEUS ENFRENTAMENTOS EM MEIO ÀS COLONIALIDADES DO CAMPO DO VINHO

Nome: ANNELISE PASSOS

Data de publicação: 20/10/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JULIANA CRISTINA TEIXEIRA Orientador

Resumo: Eu, Annelise Passos, convido você a mergulhar na minha dissertação, que é uma jornada pessoal e profunda pelas experiências interseccionais de uma criança negra e, logo depois, uma mulher negra no mundo do vinho. O objetivo geral deste trabalho é analisar, a partir da minha Escrevivência, e de Falavivências de mulheres negras que se relacionam com o campo do vinho no Brasil, as coalizões estratégicas desenvolvidas para o enfrentamento de colonialidades deste campo. A pesquisa foi qualitativa e usou como técnica a produção de informações à Escrevivência, que envolve a minha própria escrita. Como abordagem metodológica, apresento a proposta de um grupo a Falavivência (respirar - falar - viver), sugerindo um novo caminho de pesquisa, mesmo que em construção. Aline, Ellen e Patrícia, através de suas falas, conduzem a forma como atuam e se relacionam com o campo do vinho, seja para sobrevivência ou para promover transformações sociais. A 'Escrevivência' e a 'Falavivência' são ferramentas condutoras nesta pesquisa. Enquanto a Escrevivência permite uma expressão escrita íntima como mulher negra, a Falavivência dá voz às experiências verbais de outras mulheres negras, proporcionando um panorama mais profundo das vivências no campo do vinho. Os resultados desta pesquisa evidenciam a importância da formação de coalizões estratégicas entre mulheres negras neste setor. Elas são fundamentais no enfrentamento as colonialidades (ser, saber e poder). Apresenta também que essas mulheres negras por ora reproduzem colonialidades para sobreviver neste campo e, entre outras contribuições, uma que entendo ser uma ação latente é pensar os modos de produzir essas vivências do mundo do vinho com mulheres negras sobre novas perspectivas. Além disso, a pesquisa apresenta características estruturais do campo do vinho brasileiro e como estas afetam as mulheres negras. Com esta dissertação, meu desejo é não apenas narrar os desafios enfrentados por mulheres negras no setor vitivinícola, mas inspirar outras mulheres negras a se expressarem academicamente, usando uma linguagem acessível e empoderadora. Espero que esta leitura seja não só no campo do objeto, mas também uma fonte de inspiração e confluência sobre o que uma dissertação pode contribuir e provocar por meio de um novo método ou uma nova escrita. Tim!

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