IMPACTOS DA PANDEMIA NA EXPERIÊNCIA EDUCACIONAL DE ALUNOS
COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR.

Nome: LETICIA ANDRADE DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/10/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RUBENS DE ARAÚJO AMARO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE REIS ROSA Examinador Interno
KATIA CYRLENE DE ARAUJO VASCONCELOS Examinador Interno
RUBENS DE ARAÚJO AMARO Orientador
TERESA CRISTINA JANES CARNEIRO Examinador Externo

Resumo: A contaminação de um vírus que provoca síndromes respiratórias graves e outros
sintomas está transformando o mundo em diversos aspectos (BUFFA, 2020).
Caracterizando um cenário de incertezas, a COVID-19 vem causando impactos
sociais, econômicos e políticos sem precedentes e que ainda poderão ser sentidos
nos próximos anos (ROGOFF, 2020). Na educação, as restrições se refletem
principalmente na dificuldade de acesso à internet, nas barreiras atitudinais,
comunicacionais e tecnológicas, causando graves danos à uma camada significativa
da população mais vulnerável (FREITAS; CABRAL, 2021; NETA; NASCIMENTO;
FALCÃO, 2020). Nessa parcela vulnerável, encontram-se as pessoas com deficiência.
Os estudantes com deficiência na Educação Superior estão ocupando um lugar de
direito. Ali podem desenvolver o pensamento crítico e exercer um papel social
importante. O objetivo deste trabalho foi analisar os impactos da pandemia na
experiência educacional de alunos com deficiência (física, visual, auditiva e
intelectual) no ensino superior da Universidade Federal do Espírito Santo. A pesquisa
investigou um fenômeno pouco explorado, e se classifica como qualitativa,
exploratória e descritiva. Para a coleta de dados desta pesquisa, foram utilizadas
entrevistas semiestruturadas e análise documental. Os sujeitos de pesquisa foram
seis alunos com deficiência assistidos pelo núcleo de acessibilidade da Universidade
Federal do Espírito Santo, e cinco membros do mesmo núcleo de acessibilidade. As
entrevistas aconteceram presencialmente e virtualmente, conforme a preferência do
participante. As entrevistas foram gravadas e transcritas de forma literal. Na análise e
tratamento dos dados, foi utilizada a análise de conteúdo, conforme proposta por
Bardin (2011). Na análise documental, foi utilizado como corpus analítico documentos
produzidos pela universidade. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Instituição. Os resultados apontam que os
alunos tiveram sua principal fonte de interações com a sociedade retirada. Lidaram
com desafios tecnológicos e de conexões com a internet. Ressignificaram seus
espaços (quartos e salas viraram sala de aula improvisada). Tiveram relações
conflituosas com professores e foram apoiados pelo núcleo de acessibilidade. O
núcleo foi essencial para permanência e enfrentamentos da pandemia. As ações
inadequadas como a não disponibilidade de material adaptado ou disponibilizado com
antecedência, e atitude capacitista (que inferioriza o aluno por causa da deficiência) é
o que mais afeta o processo de ensino, pois esta faz emergir todas as outras barreiras:
arquitetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática, atitudinal e
de transporte. O professor tem papel chave na educação, portanto, é preciso capacitálos e estimular o envolvimento de toda universidade para minimizar as barreiras e
promover acessibilidade e inclusão no ensino superior. A voz da pessoa com
deficiência é necessária, expõe as reais fragilidades e necessidade de mudança para
alcance de acessibilidade. Assim, a principal contribuição desta pesquisa é
conscientizar as pessoas no âmbito educacional e social para que possam criar
mecanismos/documentos pautados na acessibilidade e real necessidade das pessoas
com deficiência

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