RUPTURAS DO COTIDIANO NO ORGANIZAR DA CIDADE: DESCONTINUIDADES E CONTINUIDADES PROVOCADAS PELA PANDEMIA DA COVID-19 E A ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DA RUA DA LAMA, EM VITÓRIA, ES

Nome: GUILHERME BADARÓ DRUMOND
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/03/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LETICIA DIAS FANTINEL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CÉSAR AUGUSTO TURETA DE MORAIS Examinador Interno
LETICIA DIAS FANTINEL Orientador
LUIZ ALEX SILVA SARAIVA Examinador Externo

Resumo: A pesquisa objetivou compreender as dinâmicas de reconfiguração de espaços
organizacionais na cidade de Vitória (ES) através da reorganização das práticas dos
sujeitos a partir das rupturas do cotidiano decorrentes da pandemia da Covid-19.
Para tal, adotei a perspectiva teórica das práticas partindo das teorizações propostas
por Certeau (1998) articuladas à noção de rupturas do cotidiano (LEITE, 2010) e ao
pensar dos processos organizativos urbanos nos Estudos Organizacionais. Realizei
um estudo qualitativo adotando as técnicas de entrevista semiestruturada e
observação não participante, além de fontes documentais. A interpretação dos
achados partiu dos cinco códigos analíticos gerados: “rupturas do cotidiano”;
“desafios sociais, políticos e organizadores no gerir da crise”; “negociar e articular”;
“aspecto recursivo das práticas” e “(re)construção espacial da Rua da Lama”. Os
resultados mostram como as diferentes práticas, interesses e usos manifestados nos
espaços públicos reconfiguram cotidiano e espaço na cidade em contextos de
ruptura. Partindo do contexto específico da pandemia, foi possível compreender que
apropriações, transgressões e subversões por parte de diferentes sujeitos e grupos
sociais motivam a elaboração de novas estratégias pela gestão pública, habilitando
assim o surgimento de novas astúcias táticas dos praticantes da Lama, e assim
sucessivamente. Mais que um rompimento nas práticas provocado pelas rupturas
identificadas, foi possível identificar e descrever um contexto de reconfiguração das
práticas, marcado por continuidades e descontinuidades em permanente tensão.
Espero que os achados possam contribuir para o alargamento das discussões em
torno dos processos organizativos urbanos, reforçando uma visão processual da
vida cotidiana, ao mostrar como aspectos micro e macro, estratégias e táticas,
cotidiano e cidade são interdependentes em sua (re)produção, ainda que em
situações de ruptura – ampliando assim o campo dos estudos organizacionais
acerca de temáticas urbanas, em particular os ancorados na Teoria das Práticas.

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