Afroempreendedorismo: um Estudo Com Empreendedores Sociais do Espírito Santo

Nome: LORRARA SILVYA IMAGAWA DE OLIVEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/03/2020
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
RUBENS DE ARAÚJO AMARO Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
RUBENS DE ARAÚJO AMARO Orientador
PEDRO JAIME DE COELHO JUNIOR Examinador Externo
ALEXANDRE REIS ROSA Examinador Interno

Resumo: A proposta deste estudo foi analisar como empreendem os
afroempreendedores capixabas para compreender algumas relações entre raça e empreendedorismo. Para alcançar esse objetivo utilizei um aporte teórico sobre as relações raciais no contexto brasileiro e sobre o afroempreendedorismo. Metodologicamente, utilizei a abordagem qualitativa descritiva. Os dados foram produzidos em conjunto com seis afroempreendedores residentes do Espírito Santo, a partir de observações participantes e entrevistas semiestruturadas. Para análise de dados, utilizei a análise interpretativa de narrativas. Os principais resultados de pesquisa mostram que os afroempreendedores podem ser configurados como
empreendedores sociais; empreendem por necessidade, acumulam mais de uma fonte de renda, trabalham em cargas horárias excessivas, estudaram em escolas públicas, moram em bairros periféricos e tem negócios informais. Os
afroempreendedores têm, a partir de seus produtos e serviços, disseminando
conhecimentos ligados à sua ancestralidade afro-brasileira. O orgulho em ser negro está presente em vários momentos dos relatos produzidos nesse estudo. A relação com o mercado de trabalho tem se reconfigurado dentro do afroempreendedorismo, passando de uma “área dura” para um “espaço negro” onde os empreendedores são valorizados por seus clientes que os procuram por identificação. Dificuldades, limitações e estratégias são relatadas nesse contexto. A partir de estudo, percebemos que é urgente pensar em ações que aumentem a inserção e a permanência de homens e mulheres negras nas escolas, nas universidades e no mercado de trabalho. As limitações desse estudo se concentram em termos regionais e temporais. Como delimitação de pesquisa não abordamos a interseccionalidade de gênero. Surge como possibilidades de pesquisas futuras o aprofundamento em outras questões vivenciadas pelos afroempreendedores a partir da interseccionalidade de raça, classe e gênero.

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