O Roteiro Turístico Como Prática: Contribuições da Perspectiva das Práticas para Os Estudos Sobre Roteiros Turísticos

Nome: TALITA ALMEIDA FERNANDES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/05/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALFREDO RODRIGUES LEITE DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALFREDO RODRIGUES LEITE DA SILVA Orientador
CÉSAR AUGUSTO TURETA DE MORAIS Examinador Interno
MARCELO DE SOUZA BISPO Examinador Externo

Resumo: O campo dos estudos dos roteiros turísticos adota diferentes perspectivas. A presente pesquisa elaborou uma classificação referente aos estudos que articulam os roteiros turísticos e a dividiu em: (1) Roteiros turísticos como mapas prescritos; (2) Roteiros turísticos como rotas experienciais. No contexto destes estudos, o que não se observou foi a presença de pesquisas que analisem os roteiros turísticos segundo a perspectiva das práticas. A partir de tal necessidade, objetivou-se nesta dissertação compreender as práticas dos roteiros turísticos que envolvem uma agência de turismo receptivo da cidade de Vitória no Espírito Santo, com base na epistemologia das práticas segundo Theodore Schatzki. Realizou-se uma pesquisa qualitativa (CRESWELL, 2007) que utilizou como procedimento de coleta de dados: pesquisa documental (CELLARD, 2008), entrevistas informais (FONTANA; FREY, 2005) e observações participantes (MALINOWSKI, 1978). Os sujeitos de pesquisa foram os humanos turísticos e não-turísticos, assim como os materiais que suportam as ações dos humanos. O tratamento dos dados ocorreu a partir de temas definidos a posteriori (KRIPPENDORFF, 2004) por meio do procedimento da análise em espiral proposto por Creswell (2012). Os resultados indicaram que a dinâmica do “roteiro como prática” ocorre durante toda a prática do roteiro, não apenas antes durante a visitação aos pontos turísticos. Esta dinâmica é resultado das interações entre humanos e materiais, sejam eles turísticos ou não-turísticos que, a partir dos elementos que organizam as práticas, podem ser transformados de não-turísticos para turísticos e promover alterações em toda a configuração da rede de práticas. A pesquisa também revelou que o elemento tempo transforma as vivências e significados dos espaços. Ficou evidente que durante a prática do roteiro humanos e materiais se transformaram em elementos turísticos, surgindo uma relação que só existe durante o roteiro como prática. Ademais, a pesquisa revelou que o roteiro como prática apresenta compartilhamentos que permitem lidar com o não compartilhamento, ao mesmo tempo em que propicia que ele ocorra. Espera-se, com esta pesquisa, contribuir para o desenvolvimento teórico-empírico de abordagens capazes de analisar a complexidade do setor turístico (BISPO, 2016). Foram discutidas sugestões para futuras pesquisas.
Palavras-chave: Teoria da Prática. Epistemologia de Schatzki. Turismo como Prática. Roteiros turísticos. Roteiro como Prática.

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